O díptico foi escolhido por um motivo: é como um intensificador do efeito de despertar. Na sua natureza original, o ser humano já é um ser sábio. É frequente, porém, que o caos monótono da nossa vida comece a nos definir. É um disfarce, uma camuflagem que os nossos pensamentos agitados destacam para esconder o nosso Éden interior. Não pode haver um único sentido da vida para todas os seres humanos, não existe uma receita universal de como cintilar no nosso Universo. É por isso que cada um preenche a sua vida com o seu próprio significado.
Ao tentar se encontrar, a pessoa se esquece de fazer uma pergunta ao herói que mais sabe sobre ela - a si mesma. Estamos todos com pressa para o amanhã, para uma vida melhor, procurando a salvação, a iluminação, o sentido da vida, porém, todos os sábios, profetas e santos repetem continuamente: "Pare. Já estamos no lugar. Tudo está dentro". E nesse momento, no amanhecer de um novo eu, nos tornamos quem realmente estávamos predestinados a ser. Essa é a fonte sussurrando: "Samsara é o nirvana".
A paleta de cores é saturada com tons frios, calmos e profundos, ajudando a alcançar harmonia e equilíbrio com as suas combinações. Insinuando, dessa maneira, que a questão
do sentido da vida é ridícula. Se a nossa vida tivesse uma chave acessível para uma compreensão linear simples, ela não valeria a pena. A vida é certamente maior do que as nossas tentativas de encaixá-la na prisão da lógica humana primitiva. Deve ser percebida
como ela é: um processo infinitamente excitante e bonito, necessário para todos os participantes, que são cada um de nós.